domingo, 13 de março de 2011

Além do Tsunami

O terrível terremoto no Japão seguido de um mais terrível tsunami mostra a nossa fragilidade perante a mãe natureza. Em 2010, eu, a Profa Fátima (História) e o Prof João (Física), fizemos uma palestra/aula para os alunos do ensino médio sobre a situação do Haiti, foi abordado a parte histórica, geográfica, física que envolvia o Haiti e o terrível terremoto que ocorreu em janeiro de 2010 neste pobre país. Agora este terrível terremoto e a tsunami me fez lembrar desta palestra/aula, me lembro muito bem que eu comentei que um terremoto deste nível no Japão não teria nem 1/10 de mortos. Como de fato, o Japão está muito bem preparado para terremotos e tsunamis, mas quanto preparado estaria o Japão, reformulando a pergunta, tem como se preparar para um terremoto e um tsunami como este?

Certamente muitas pessoas morreriam se o Japão não tivesse todo um preparo, mas lamentavelmente muitas vidas foram ceifadas no país mais bem preparado do mundo! É lamentável. Hoje, lendo a Folha de São Paulo, Clóvis Rossi, no editorial, Tsunamis e cismas, aponta que alguns leitores fizeram questionamentos como: "as catástrofes naturais estão acontecendo com uma frequência muito maior", outro leitor, "até onde isso não é uma resposta do meio ambiente ao comportamento humano?". No seu texto Clóvis ainda comenta sobre as mudanças climáticas, relata que na fria Suíça, fazia um friozinho até agradável, enquanto na "quente" Espanha nevava muito.

Com certeza, James Lovelock deve comentar sobre tudo isso: "Eu disse! É a Teoria de Gaia!" Será?

Vejam as imagens de satélites do GeoEye, "antes e depois" do tsunami no Japão:


domingo, 14 de fevereiro de 2010

A FOLIA DOS PEDÁGIOS

Aproveitando o carnaval e o meu último texto sobre o número crescente de carros, segue um interessante texto sobre os pedágios em SP, dando sequência na discussão dos transportes no Brasil.

A FOLIA DOS PEDÁGIOS
Emidio de Souza

Há uma crescente insatisfação com o abuso dos pedágios, e não reconhecer esse problema é um erro grave
NA DESCIDA para o litoral ou a caminho do interior paulista, o motorista tem uma certeza: vai encontrar um, dois ou mais pedágios pela frente. Um samba-enredo que se repete, acabando com a alegria de qualquer folião.
Incapaz de dar conta dos investimentos necessários para a modernização das rodovias, o governo de São Paulo optou, em 1996, pelo programa de concessões. Caberia à iniciativa privada cuidar da melhoria do asfalto, da duplicação de pistas, dos investimentos em sinalização e dos equipamentos de segurança. De fato, nestes quase 14 anos de programa, algumas estradas de São Paulo consolidaram-se como as mais modernas do país.
Pragmático, o paulista parece ter absorvido a conta que lhe foi entregue para pagar. Resistiu de forma tímida no início, mas depois incorporou a ideia segundo a qual é melhor pagar para circular em boa estrada do que esperar por uma melhoria prometida e sempre adiada.
Animados por esse aparente conformismo, as concessionárias erraram na mão com a benção do governo do Estado.
Cruzaram perigosamente a fronteira do bom senso que deve nortear toda prestação de serviço público, a ponto de reintroduzir na pauta de várias cidades a discussão sobre o modelo de concessão de rodovias. Autoproclamados craques em gestão, os tucanos promoveram em São Paulo o milagre da multiplicação das praças de pedágio. Eram 40 em 1997.
São 163 em 2010, com forte viés de alta. Enquanto a inflação cresceu 99% entre 1998 e 2009, as tarifas dos pedágios subiram 174%. Uma viagem de 454 km entre São Paulo e São José do Rio Preto custa R$ 118,40. Entre a capital e Araçatuba, são R$ 116.
Para o cidadão comum que viaja a passeio, uma exorbitância. Para a circulação de riquezas em nosso Estado, mais alguns quilos no pesado custo Brasil. Um caminhão com cinco eixos deixa R$ 290,50 nos dez pedágios do complexo Anhanguera-Bandeirantes, o equivalente a 10,7% da despesa total da viagem.
Dados da Artesp, a agência que regula o setor, publicados nesta Folha (25/12), revelam que as concessionárias faturaram R$ 4,55 bilhões em 2009, um crescimento expressivo de 17,3% sobre o ano anterior, número emblemático sobre a multiplicação geométrica de pedágios.
Além de caro, vimos desmentida a promessa do saudoso governador Mario Covas de que o rodoanel não teria cobrança de tarifa. Pois bem: a inapetência do PSDB para tocar obras e enfrentar problemas resultou num pequeno trecho do rodoanel entregue para o usuário... com pedágio. E com a promessa solene de que os próximos trechos já estarão devidamente munidos das famosas cabines que não param de crescer no Estado.
Quanto à promessa do governador Covas, bem, essa ficou para a história. Os novos trechos nem foram entregues, mas o usuário já sabe que vai pagar entre R$ 4,50 e R$ 6, segundo contrato assinado com data para expirar em 2045. Com uma tarifa dessas, é capaz que o atual grupo político que domina a cena paulista há 14 anos consiga, finalmente, entregar o rodoanel completo.
Na Castelo Branco, construíram uma via paralela para desafogar o crescente e cada vez mais infernal trânsito proveniente de Alphaville. Nasceu em 2001 com um preço alto de R$ 3,50 -na época, o pedágio mais caro do Estado. Agora, anos mais tarde, a concessionária resolveu democratizar: cobra pedágio na via nova e na via antiga.
Em Campinas, cujos limites transbordam para uma imensa e pujante região metropolitana, é impossível entrar ou sair da cidade sem pagar. Deslocamentos curtos, de pessoas que precisam ir para uma cidade vizinha, custam R$ 3,50. Nem se discute aqui a óbvia preferência das concessionárias por rodovias prontas, cujas necessidades de obras e intervenções profundas eram mínimas. Não por acaso, a Bandeirantes foi uma "joia da coroa" rapidamente privatizada.
Enquanto isso, para ficar em apenas um exemplo, a rodovia dos Tamoios, importante eixo que liga o Vale do Paraíba ao porto de São Sebastião, padece com faixas estreitas, péssima sinalização e constantes deslizamentos de encostas.
De nada adianta o governo do Estado trombetear a suposta aprovação do usuário com as rodovias. Há uma crescente insatisfação com o abuso dos pedágios, e não reconhecer esse problema é um erro grave.
Quanto às concessionárias, que hoje agem como se fossem donas das vias, podem estar matando a galinha dos ovos de ouro.

Fonte: Folha de S.Paulo - TENDÊNCIAS/DEBATES Emidio de Souza: A folia dos pedágios - 12/02/2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Brasil terá 1 carro para 4 habitantes em 2014

Estava no meu carro, dia 01/02/2010 às 08h30, indo trabalhar, quando uma moça me entregou um jornal que vem sendo distribuído gratuitamente em Santos, o Metro. Como o semáforo estava fechado, rapidamente dei uma "olhadinha" e dei de cara com uma manchete: "Brasil terá 1 carro para 4 habitantes em 2014", nossa, que choque!! É muito carro! Será que fiz bem ao trocar meu carro em 2009? Estaria eu contribuindo para este aumento de veículos no Brasil? Certamente sim. Para onde foi meu antigo carro? Deve estar rodando pelas ruas do Brasil. Talvez esteja parado em São Paulo num trânsito terrível, ou sendo arrastado por uma enchente, coitado do meu carro... e o culpado sou eu... que o troquei por outro, e olha que ele estava bonito, sem problemas, rodaria tranquilamente mais uns dez anos...
Depois de ler toda a matéria (primeiro parei o carro, claro) fiquei mais preocupado, o mercado brasileiro está atraindo mais empresas multinacionais montadoras de veículos como a Toyota, Hyundai, Chery (isso mesmo, uma montadora chinesa), dentre outros, onde vamos colocar tantos carros? Lembrei de uma questão de vestibular (Fuvest 2008, veja a imagem acima) que mostra os carros sendo cimentados após um engarrafamento terrível em São Paulo.
Nossa! Eu vi meu antigo carro no meio daqueles carros...

Abaixo segue o texto completo que pode ser acessado no site www.metropoint.com (jornal de 01/02/2010)

Brasil terá 1 carro para 4 habitantes em 2014

- Proporção de automóveis por pessoa se aproxima da taxa dos países ricos
- Distrito Federal tem a menor relação, de 3,2 veículos por habitante; SP, 3,6

Em quatro anos, o Brasil terá um automóvel para cada quatro habitantes, caso o ritmo de vendas, cujo crescimento médio anual é de 14%, seja mantido. Hoje, o Brasil conta com 6,9 habitantes por veículo – A frota atual do país é de 27 milhões de automóveis. Distrito Federal tem a menor taxa, de 3,2. Maranhão tem a maior, de 33,8. A relação de países como Itália, Espanha, Alemanha e Japão é de menos de duas pessoas para cada carro. Nos Estados Unidos, é de quase um carro por pessoa. Por conta desse promissor cenário, as montadoras preparam mais investimentos no país – algo em torno de R$ 13,2 bilhões para os próximos anos. Toyota e Hyundai estão construindo fábricas no interior de São Paulo e a chinesa Chery já avalia um local para se instalar. A japonesa Mazda, inclusive, encomendou um estudo de viabilidade de entrar no país, segundo informou reportagem de “O Estado de S. Paulo”. METRO

Automóveis habitantes/veículo
País 1998 2009
EUA 1,3 1,2
Itália 1,7 1,5
Espanha 2 1,6
Canadá 1,7 1,6
Japão 1,7 1,8
Reino Unido 1,9 1,7
França 1,8 1,7
Alemanha 1,8 1,9
Argentina 4,8 4,8
BRASIL 9 6,9
* FONTE ANFAVEA/ACEA/OICA

domingo, 31 de janeiro de 2010

Começou 2010...

Fizemos um pequeno teste em 2009, agora vamos começar com força total nosso blog. Postaremos textos semanalmente textos de atualidades e sobre as aulas, será uma extensão da nossa sala de aula! Participem...

domingo, 20 de setembro de 2009

OMC (Organização Mundial do Comércio)

Rodada Doha será concluída até 2010, diz Amorim
17/09/2009 - 16h41
Folha Online
O chanceler brasileiro Celso Amorim afirmou nesta quinta-feira que é possível encerrar a Rodada Doha em 2010, iniciada em 2001. Ele comentou o assunto durante entrevista coletiva com o representante comercial dos Estados Unidos, Ron Kirk.
De acordo com Kirk, principal assessor para assuntos de comércio do presidente Obama, os Estados Unidos querem rapidez para conclusão da rodada da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Amorim e Kirk estiveram reunidos para definir um novo modelo de acordo entre Brasil e Estados Unidos, que deve envolver intensificação de comércio bilateral, aumento de transferência de tecnologia e até proteção de propriedade intelectual.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u625403.shtml

De acordo com o que estudamos em sala, a Rodada de Doha deveria terminar em 2005, por que isso não ocorreu? Vamos debater esse assunto?